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o silêncio

 "A música não está nas notas, mas no silêncio entre elas” - Mozart

Tudo ao nosso redor vibra e portanto, produz som.

Todo som é composto a partir de uma onda de intervalos entre a frequência absoluta e o absoluto silêncio.

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De diversos pontos de vista místicos e também científicos, o estado original de toda a criação é o absoluto vazio, o absoluto silêncio. A primeira manifestação de matéria no universo portanto, foi a vibração.

Sabemos também, em nossa vida, que o silêncio tem sua devida importância em diversos momentos de nosso dia a dia, assim como na integração de diversas experiências vividas. Precisamos encontrá-lo em nossa rotina, para que possamos nos acalmar, relaxar, sessar ou estimular pensamentos e ideias, e até mesmo transmutá-las em novos padrões energéticos, novas atitudes.

O silêncio é uma manifestação complexa de ser abstraída, uma vez que estamos constantemente em ambientes que nos revelam diversas formas sonoras, naturais ou artificiais, que acabam por ocupar a cena mental continuamente.

No entanto, o silêncio concreto é quase impossível de ser conquistado simplesmente pelo não ouvir, porque ondas são emitidas e captadas passivamente e ativamente, todos os momentos, por nós e por tudo o que vibra.

Encontrar nosso silêncio interior consiste muito mais do que encontrar um ambiente com poucas influências sonoras, mas em encontrar o equilíbrio e harmonia interiores, capazes de nos colocar em um estado de observadores da cerimônia de viver, trazendo novas perspectivas e resultando em novos padrões de pensamento e vibração.

Image by Greg Rakozy

O silêncio pode ser encontrado em qualquer lugar, uma vez que busca-lo-emos em nossa essência, corpo, mente e espírito.

Seu silêncio pode ser encontrado ao ouvir a vibração da nossa mãe terra, no correr dos rios, no quebrar das ondas, e até mesmo em no toque de um instrumento. Pode ser encontrado na meditação, em uma amorosa conversa ou em uma caminhada livre de responsabilidades, objetivos e compromissos atrasados.

O silêncio portanto, pode ser melhor alcançado, percebido e observado, quando olhamos para nosso interior e buscamos no som contínuo da vida, esse intervalo vibracional que em tudo existe.

Dessa forma, o objetivo primordial da Terapia do Som não é apenas a busca pela cura através da vibração emitida, mas sim, um equilíbrio fundamental entre o nosso silêncio interior e a capacidade de reverberarmos o potencial de autocura que temos, a partir da influência e ressonância das frequências dos instrumentos terapêuticos no corpo humano.

Devemos buscar esse silêncio para que possamos aquietar quaisquer pensamentos, vibrações ou sentimentos que acabam por desequilibrar nosso estado natural (homeostase) e nossa união harmoniosa entre o corpo e a alma.

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